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quinta-feira, junho 20

XIII

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços, para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe
E dentro de tudo.

Cecília Meirelles, Cânticos



terça-feira, junho 18


Quatre femmes sur socle

I.

"Na origem da beleza está unicamente a ferida, singular, diferente para cada qual, escondida ou visível, que todos os homens guardam dentro de si, preservada, e onde se refugiam ao pretenderem trocar o mundo por uma solidão temporária mas profunda. Fora de miserabilismos. A arte de Giacometti parece querer revelar essa ferida secreta dos seres e das coisas, para que ela os ilumine."



Portrait seines Bruders

II.

"Perante um candeeiro, diz:
'É um candeeiro, é O candeeiro'. E basta.
Esta rápida constatação ilumina o pintor. O candeeiro. No papel, irá existir com ingênua nudez.
Que respeito pelos objetos. Cada um tem beleza própria porque é único, possui o insubstituível.
Mas não se trata de arte social, a arte de Giacometti, só por ele estabelecer laços sociais entre objeto – o homem e suas secreções -, será antes uma arte de vagabundos superiores, a tal ponto puros que apenas o reconhecimento da solidão de cada ser e de cada objeto os uniria. 'Estou só', parece dizer-nos o objeto, cativo de uma necessidade contra a qual nada podeis. 'Se não fosse o que sou, seria indestrutível. Sendo o que sou, e sem reservas, a minha solidão reconhece a vossa.'"




homme qui marche

III

"Alegria de meus dedos vastamente conhecida, sempre renovada ao passá-los – olhos fechados – sobre um estátua.
- Qualquer estátua de bronze, digo para mim mesmo, deve decerto dar aos dedos idêntica felicidade.
Tento retomar a experiência em casa de uns amigos que possuem duas pequenas cópias exatas de estátuas de Donatello: o bronze não responde, mudo, morto.

Giacometti, o escultor para cegos.

São de fato as mãos de Giacometti e não os olhos, que fabricam os objetos, as figuras. Ele não os sonha, sente-os."



Update: Jean Genet, sobre Alberto Giacometti.





segunda-feira, junho 17

Riqueza: meus amigos queridos.



arruda