San Cristoforo, San Michele & Murano, de Canaletto. Ontem, numa conversa com uma amiga sobre pintura de paisagens, surgiu a questão da escolha do artista, de seu recorte da paisagem. Seja literal ou imaginária, a paisagem é sempre uma escolha: de composição, de cores, de tema. E é diferente do fotógrafo, porque é mais do que uma escolha de enquadramento. Envolve a construção de um espaço imaginado, ou visto, que sempre passa pelo olhar e pelas escolhas particulares do pintor.
Tudo bem, faz tempo que não falo sobre cachorros... Me pediram pra colocar a foto da minha filhota, então aqui está ela: Fraia, a coisa mais linda desse mundo. Quem conhece sabe que não é exagero, ela é doce mesmo. Mas não nego a corujice...
Oskar Schlemmer, Scene from a performance of Form Dance .
Schlemmer foi professor de escultura e cenografia da Bauhaus, e envolveu-se de tal forma com o trabalho cenográfico que acabou por revolucionar o conceito de espetáculo em um palco. O artista se interessava pelos elementos do ballet de forma igualmente importante, e trabalhou de forma a interligá-los da maneira mais intensa possível. Ritmo, cor, forma e espaço estão ligados na tentativa de construir um espetáculo plural. A concepção de cenografia como representação literal, ou tradicional, foi totalmente abandonada, e a criação visual, propriamente dita, (aqui baseada na visualidade desenvolvida pela Bauhaus), passa a ser tão importante quanto a interpretação ou a música.
Aqui tem a encenação de um de seus ballets. É recomendável conexão rápida. Se a sua não for, vá até esta página e escolha a velocidade. Além de ser revolucionário, é bem raro encontrar seus ballets na interntet. Vale a pena parar um pouquinho e dar uma espiada.
The Flower Carrier, 1935, do Diego Rivera. Apesar das figuras terem volume, temos a impressão de que há poucos elementos na tela. Cada figura fica estilizada, quase cilíndrica. E as cores fortes contrastando dão ainda mais destaque a cada uma das figuras, das pessoas ao cesto e às flores.
Eu já tinha prometido falar mais sobre os diferentes processos de gravura e seus resultados, e ontem encontrei esse link lá no Taperouge. É uma animação do Moma sobre as diferentes técnicas de gravura. Bastante didático, legal mesmo. Vale uma visitinha.
Ainda como parte das comemorações de 80 anos da semana de arte moderna, está acontecendo na Faap uma exposição sobre a participação de D. Olívia Guedes Penteado no modernismo paulista. Vinda de uma família tradicional e rica da São Paulo do início do século, D. Olívia foi uma importante incentivadora da arte moderna em São Paulo, sendo a primeira a criar um pavilhão, em sua casa, que pudesse reunir a produção da arte de vanguarda européia e brasileira. O pavilhão foi decorado pelo pintor Lasar Segall, e esta referência também é parte da mostra. A Bravo traz uma pequena nota sobre a exposição.