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sábado, maio 18
Sem título, Daniel Senise. Daniel Senise é hoje um dos mais importantes pintores brasileiros. Me lembro de ter visto duas telas suas no CCBB, no Rio, não sei há quanto tempo exatamente, que me deixaram sem fala. Não só pela técnica interessantíssima que ele emprega, criando planos e transparências que se misturam a todo tempo, mas por sua poética visual. Vestígios, rastros de humanidade. Sem título, detalhe sexta-feira, maio 17
História Real, de David Lynch. Um filme maravilhoso. A história de um homem de 73 anos que cruza o estado num cortador de grama, para ver o irmão. Um filme sobre escolhas, sobre amizade, sobre a vida. Poesia visual. Muita. Se tiver a chance, não deixe de ver.
quinta-feira, maio 16
cidade-nova
Ainda não fui ver o Renoir, no Masp, estou pensando em ir pelos próximos dias. Estou procurando companhia pra ver a exposição, se alguém quiser ir comigo, me escreve, ok? quarta-feira, maio 15
segunda-feira, maio 13
domingo, maio 12
Desejo de regresso Deixai-me nascer de novo, nunca mais em terra estranha, mas no meio do meu povo, com meu céu, minha montanha, meu mar e minha família. E que na minha memória fique esta vida bem viva, para contar minha história de mendiga e de cativa e meus suspiros de exílio. Porque há doçura e beleza na amargura atravessada, e eu quero a memória acesa depois da angústia apagada. Com que afeição me remiro! Marinheiro de regresso com seu barco posto a fundo, às vezes quase me esqueço que foi verdade este mundo. (Ou talvez fosse mentira...) Cecília Meireles Pássaro Aquilo que ontem cantava já não canta. Morreu de uma flor na boca: não do espinho na garganta. Ele amava a água sem sede, e, em verdade, tendo asas, fitava o tempo, livre de necessidade. Não foi desejo ou imprudência: não foi nada. E o dia toca em silêncio a desventura causada. Se acaso isso é desventura: ir-se a vida sobre uma rosa tão bela, por uma tênue ferida. Cecília Meireles |
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